O triste fim de uma adolescente

Uma estudante do ensino médio de 15 anos tirou a própria vida ao cair de um monumento histórico, depois de discutir com o namorado. Ela o enviou uma mensagem de texto no qual ela ameaçava saltar de uma torre se ele não a aceitasse de volta, de acordo com o inquérito policial.

Ashli Blake, que nasceu com o sobrenome Cook, foi encontrada morta pelo namorado Marcus Webb perto de um monumento histórico em Hampshire (Inglaterra), nas primeiras horas do dia 21 de setembro.  Em um inquérito sobre sua morte hoje, o magistrado provincial ouviu que a estudante enviou uma mensagem de texto para Webb, que era cinco anos mais velho que ela, em que ela ameaçava se matar. A mensagem dizia: “Eu vou pular da torre. Se não pudermos ficar juntos, eu não quero mais viver aqui. Tchau”.

Também foi dito para o inquérito que a menina também sofreu problemas relacionados ao bullying que sofria em sua escola, até o dia em que morreu tragicamente. Uma autópsia confirmou que a jovem morreu de ferimentos múltiplos.

Um dia antes de tirar a própria vida, Ashli tinha passado horas com seu namorado, mas acabou indo embora aos prantos da casa da mãe de Webb após uma discussão. De acordo com o rapaz, ela saiu gritanto “eu vou me suicidar” depois de tê-lo acusado de ter um caso com uma de suas amigas.

Webb, que descobriu seu corpo enquanto procurava desesperadamente por ela junto com sua família, contou que ele não havia acreditado em suas ameaças, porque ela havia feito comentários semelhantes anteriormente. Ele disse “Eu me sinto culpado pela morte dela. Mesmo que não seja, eu sinto que foi culpa minha, pois ela me avisou que iria se matar e me disse onde estava. Eu ri dela porque não acreditei. Se eu tivesse levado a sério e ido atrás dela, ela não teria se suicidado”.

“Ashli significava mais do que a própria vida para mim. Eu não faria nada para machucá-la. Eu sinto que agora não tenho mais nenhuma razão de estar aqui. Eu não estou conseguindo viver com essa culpa”, disse o ex-namorado da menina. Ele acrescentou que eles haviam visitado a torre várias vezes juntos, e foi lá onde eles começaram a namorar três anos antes da tragédia.

A mãe de Ashli, Canasta Blake, de 37 anos, que tem outra filha e um filho, contou como o jovem casal já tinha feito planos para o resto de suas vidas juntos. Ela disse em um comunicado: “Eles fizeram planos. Ashli estava se preparando para se mudar com ele quando fizesse 16 anos. Ela era obcecada por Marcus. Ela estava sempre preocupada com ele, e com o que ele estava fazendo. Eu não entendo por que ela fez isso, ela tinha tudo para viver bem com ele, e muitas vezes falava do futuro com um sorriso no rosto.”

“Eu acho que, por conta de sua idade, ela era imatura. Ashli era uma jovem linda, extraordinária, diferente e peculiar. Ela era bastante especial. Odeio saber que nunca saberei como ela seria se tivesse desabrochado e se tornado uma verdadeira mulher. Ela era adorável”, lamentou a mãe da jovem. Ela disse que Ashli sofria constantemente de problemas ligados ao bullying com outras meninas de sua escola, mas ela não manifestava vontade alguma de não frequentar a escola, ou de se matar, por causa disso. Canasta também acrescentou que Ashli estudava muito, tinha notas excelentes e tinha dito a seus familiares que queria se tornar uma terapeuta.

A médica de Ashli, Dra. Charlotte Hillsley, disse que a menina sofria de oscilação de humor e problemas de sono. Ela já havia tentado buscar tratamento psicológico para a jovem, mas ela se recusou a se tratar. “Ashli tinha problemas relacionados a insônia e a mau-humor. Além disso, estava lutando contra o bullying na escola. Ela se preocupava constantemente com o dia de amanhã, e tinha muito medo das pessoas. Sua mãe havia me dito que ela escondeu todas as lâminas de barbear da casa, com medo de que Ashli pudesse se mutilar. Ela com certeza não era saudável emocionalmente, mas se recusava a se tratar.”

O magistrado provincial registrou o veredicto de que Ashli era uma suicida nata, com plenas intenções de tirar a própria vida, em busca de apenas um motivo para fazê-lo: “Ashli era uma garota profundamente perturbada, mas ela escolheu se matar. Ela tinha um namorado e estava muito apaixonada por ele, mas ela se suicidou por conta de outras questões, mais profundas.”