Moça? Sim, é válido! Uma adolescente inglesa matou sua melhor amiga em um acidente de carro, enquanto ela gabava de suas “habilidades de motorista” ao entrar muito rapidamente numa curva cega e colidir com uma árvore, apenas quatro meses depois de passar em seu teste de habilitação. Hoje, ela foi sentenciada a seis meses de reabilitação.
Naomi Jones, de 19 anos de idade, admitiu ter causado a morte de Elysia Ashworth, que tinha 17 anos, por condução negligente depois de bater seu Corsa em uma árvore, perto do Aeroporto de Blackpool em julho de 2011. As duas eram amigas íntimas desde o início da adolescência, e regularmente faziam festas de pijama na casa uma da outra e Jones já passou férias no Chipre com a família de Ashworth há três anos.
A estudante da faculdade de Blackpool, que queria se tornar uma professora, admitiu ter se descuidado enquanto dirigia em seu julgamento no tribunal de Preston no mês passado, no qual ela foi inocentada de ter desrespeitado o limite de velocidade. Jones perdeu o controle do carro na estrada e não conseguiu fazer uma curva corretamente, o que culminou com sua amiga sofrendo ferimentos múltiplos no banco de carona. Ela morreu dois dias depois do acidente.
O carro atravessou duas muretas em rápida sucessão antes de colidir em cheio com uma árvore. Um investigador de acidentes estima que a velocidade do carro no último ponto de impacto era de 60km/h. A velocidade de aproximação deve ter sido maior, ouviu o júri. Jones só não foi condenada por condução perigosa porque respeitou o limite de velocidade, embora tenha feito a curva de forma extremamente irresponsável e não ter levado em conta o fato de sua amiga não estar usando o cinto de segurança.
Jones, que ganhou o carro como um presente de sua mãe, vai servir sua sentença em uma instituição para jovens infratores. Ela foi proibida de conduzir qualquer veículo por 12 meses e foi ordenada a refazer um teste prolongado de habilitação após esse período.
A jovem de 19 anos disse que está “completamente devastada” com a perda de sua melhor amiga. Com lágrimas nos olhos durante o depoimento, ela relembrou que quebrou seu braço esquerdo e seu tornozelo direito no acidente, e que acabou necessitando de cirurgia reconstrutiva. Ela também teve que usar uma cadeira de rodas por dois meses e ainda diz sentir dor em seu tornozelo, e está passando por sessões de psicoterapia, depois que foi diagnosticada com transtorno de estresse pós-traumático; Jones sofreu de pesadelos e flashbacks do acidente por semanas.
“Não houve um dia desde o acidente que eu não tenha pensado sobre o que aconteceu a Elly [Ashworth]“, disse Jones em um comunicado à polícia, dado vários meses após o acidente. “Eu estive completamente devastada pelas consequências deste acidente, mas eu sei que o que eu estou passando não se compara com o sofrimento sentido pela família de Elly, e meus pensamentos estão com eles sempre. Eu não consigo expressar a extensão do meu arrependimento. Só posso pedir perdão, e garantir que sentirei vergonha deste episódio, como também sentirei falta da minha melhor amiga, pelo resto da minha vida”, confessou a moça, visivelmente abalada.
A família de Elysia não perdoou Naomi Jones e lutou para que ela fosse presa. No entanto, a universitária passará por apenas seis meses de reabilitação numa instituição para jovens infratores.
Os pais da vítima, Chris e Maxine Ashworth, escreveram uma carta ao juiz na noite antes do julgamento para expressarem seus sentimentos de injustiça, ao saberem que a vida de sua filha tinha acabado e que a de Jones iria continuar. As famílias da vítima e do réu se sentaram juntas antes do julgamento e acabaram entrando em uma discussão acalorada. Elas se sentaram em locais separados no tribunal, com os pais de Jones sendo escoltados por um policial uniformizado.
Após o resultado da sentença ter sido revelado, a família Ashworth não fez nenhum comentário enquanto saía do tribunal.
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